
Alma Serena Alma serena, a consciência pura, assim eu quero a vida que me resta. Saudade não é dor nem amargura, dilui-se ao longe a derradeira festa. Não me tentam as rotas da aventura, agora sei que a minha estrada é esta: difícil de subir, áspera e dura, mas branca a urze, de oiro puro a giesta. Assim meu canto fácil de entender, como chuva a cair, planta a nascer, como raiz na terra, água corrente. Tão fácil o difícil verso obscuro! Eu não canto, porém, atrás dum muro, eu canto ao sol e para toda a gente. Fernanda de Castro, in "Ronda das Horas Lentas" |
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